quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Dança e clubinho
Domingo 2/12/10
13:54
Continuando a descrição do Arche: o que eu chamei de trabalhos específicos, as pessoas fazem em pequenos grupos. Eu, por exemplo, já trabalhei de jardineira um dia todo, já pintei o chão de uma sala, já carreguei madeira... As pessoas aqui são muito legais, simpáticas, solidárias, próximas, quentes... Ao contrário do que dizem, os franceses não são frios, pelo menos os do Arche. São tão quentes de receptividade, que são capazes de derreter a neve lá fora. No primeiro dia que estava aqui, falei com Cecile (ela trabalha aqui) que gostaria de participar do curso de dança que está tendo. Ela me levou no encontro do pessoal da dança, mas eles estavam na pausa tomando café. N., um belga loiro e todo alternativo, começou a conversar comigo. Conversamos muito e ele me levou para assistir a aula de dança. Foi muito legal, no fim eu dancei também. São danças folclóricas da Europa e de outros países. A maioria é em roda e com passos todos marcados, todo mundo faz o mesmo. Me lembrou muito quadrilha, é muito gostoso de dançar! Depois fomos na prière da noite. Dura uns 15 minutos, a gente canta umas músicas, alguém lê uma passagem da Bíblia e rezamos juntos. Nessa prière da noite, as pessoas novas se apresentam, foi aí que conheci Lívia, outra brasileira que veio passar uma semana no Arche. Ela é um amor de pessoa, nos tornamos amigas bem rápido. Ela fala francês muito bem, já está na França há 3 meses, fazendo doutorado sanduíche em Rennes. Ela fala muito - em português e em francês - e isso nos permitiu fazer amizade com muitas pessoas. Há alguns jovens que moram aqui e são bem legais. Há também uma família de argentinos que é encantadora. O chefe que fica nos dizendo o trabalho que vamos fazer cada dia é V.: um espanhol engraçadíssimo que chama a Lívia e a mim de “filllllles”. Há muitas outras pessoas que eu gosto muito: O. (trabalha na cozinha), A. (eu acho que também é estrangeira), S. (que passou essa semana aqui e hoje voltou pra sua cidade, e me convidou pra visitá-la, ela mora numa cidade rodeada de vulcões), C., J. e M... Há um outro brasileiro aqui também: P., sua mulher e seu filho são franceses. Seu filho, A., tem 2 anos e não fica quieto. Conheci duas crianças também que ficaram muito minhas amigas: V. e M.. Elas não gostavam muito uma da outra e quando uma estava comigo e com Lívia, a outra ficava longe. V. é um amor de criança, bem grande para sua idade, me ajudou em tudo, principalmente com o francês. Ela não era muito amiga das outras crianças e uma vez foi comigo na vila aqui perto comprar umas cosas que eu precisava. M. é negra e super carinhosa, custo a entender o que ela fala, mas ela me ajuda muito e também já foi na vila comigo. Muita gente foi embora ontem e hoje, porque vieram só para o curso de dança ou para o feriado de fim de ano. Chegou outro brasileiro na quinta-feira: Tomaz. Tem 20 anos, é simpaticíssimo e tranquilão. Há um lugar muito doido que os jovens encontram: o Clubinho. É um lugar no primeiro andar super escondido, com as paredes todas pintadas, escritas, desenhadas. Há um monte de sofás, cervejas. O pessoal conversa, toca violão, trompete, joga totó... É muito cool! C’est niquel!
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ta ficando lindoooo!
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